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terça-feira, 6 de abril de 2010

Fenômeno aumenta o número de vendavais


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Fenômeno aumenta o número de vendavais O LIBERAL - 06/04/10

O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma Fenômeno aumenta o número de vendavais


O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada da saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acompanhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.

Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%

que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.
Fenômeno aumenta o número de vendavais


O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada da saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acompanhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.

Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%


O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada daFenômeno aumenta o número de vendavais


O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada da saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acompanhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.

Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%

saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acomFenômeno aumenta o número de vendavais


O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada da saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acompanhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.

Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%

panhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.
Fenômeno aumenta o número de vendavais


O 2° Disme-Inmet (Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia), com base em estudos do pesquisador PhD em clima e dinâmica do clima, dr. Luiz Carlos Baldicero Molion, aponta que nos próximos 10 anos a incidência de vendavais deve aumentar por conta da fase fria da ODP (Oscilação Decadal do Pacífico).

O fenômeno gera nuvens muito altas (com base a 1.500 metros do solo e topo a 10 mil metros) e ventos frios. Quanto mais altas as nuvens, mais fortes e frios são os ventos. Quando o vento frio encontra ar quente, como no Pará, são causadas fortes rajadas de vento, que podem chegar a 50 quilômetros por hora, a velocidade atingida pelas rajadas mais violentas registradas a partir de março.

Apesar da divergência entre pontos de vista de meteorologistas e ambientalistas, o desmatamento na Região Metropolitana de Belém (RMB) por causa de construções (especialmente residenciais) tem se mostrado como um fator que tem contribuído para a formação de ventos fortes. Até metade de abril, as fortes rajadas de vento devem continuar.

A formação dos ventos ocorre quando rajadas descendentes (downbursts) a partir das nuvens, que são mais frias, encontram ar quente na superfície. O ar frio, por ser mais denso, empurra o ar quente e o vento é gerado por esse movimento.

No Pará, a velocidade regular gerada nesse processo é de 10 quilômetros por hora, com máximo de 50, como a ventania que destelhou casas e derrubou árvores, no dia 1° de abril, no conjunto Satélite. Quando o movimento faz um trajeto circular, então cria-se uma coluna de ar, que se tocar no chão, tranforma-se num tornado ou ciclone. Se atingir a água, forma-se uma tromba d’água, como a de Mosqueiro, em 31 de dezembro de 2009.

A força das chuvas também influencia a velocidade dos ventos por causar mais aceleração na descida do ar. O Pará é uma área que por causa da umidade e do alto calor, forma com facilidade vapor de água, que vai se transformar em nuvens. Ultimamente, têm sido geradas muitas nuvens do tipo 'cumulonimbus', que ficam a grandes altitudes e impulsionam ainda mais a descida dos ventos. Quanto maior a umidade, mais forte a chuva e mais elevada a temperatura da superfície, mais rápido é o vento. Para o meteorologista do centro regional do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia), Bernardino Simões, o Pará possui um 'sistema climático' ativo que favorece a formação de chuvas e ventos fortes.

Transformações urbanas podem facilitar - As transformações do espaço urbano de Belém também podem estar associadas ao vento que tem incidido com violência na capital nas últimas semanas. A doutora em Biologia Ambiental Heliana Brasil, professora da Ufra (Universidade Federal Rural da Amazônia), afirma que a existência de um cinturão verde no entorno da capital poderia funcionar como quebra-vento, tal qual os utilizados em plantações agrícolas. Um tipo de escudo natural capaz de amenizar a força da vento.

O meteorologista do centro regional do Sipam, Bernardino Simões, crê na hipótese de que o desmatamento pode ser um fator que tem contribuído para os ventos mais fortes dos últimos dias. Porém, ele diz que não pode afirmar porque não há dados precisos sobre o problema, equipamento para mensurar e estabelecer o comparativo de quanto a derrubada de árvores influencia na formação e circulação dos ventos.

'Por exemplo, se há uma árvore na porta de casa, sabe-se que ela reduz um pouco a temperatura com a sombra, mas, pode bloquear o curso dos ventos. Se retirar a árvore, a temperatura vai subir e a incidência de ventos será maior. Ou seja, se colocar isto numa escala maior e pensar que o desmatamento tem facilitado o curso do vento, então pela lógica, é uma hipótese a se considerar. Só não há fundamentação científica e nem estudos específicos do Sipam para comprovar essa teoria.', explica Bernardino.

A pesquisadora afirma, porém, que a cobertura vegetal protetora seria apenas um fator preponderante, mas não determinante.

Em um rápido sobrevoo pela cidade de Belém a bordo do Libcop, é possível identificar diversos pontos de desmatamento recentes e constatar que o espaço urbano da capital passa por mudanças drásticas.

Em apenas nove dias 13 árvores caíram em ruas de Belém - Em nove dias, entre os dias 26 de março e 3 de abril, o vento derrubou nada menos do que 13 árvores de rua em Belém. Três delas despencaram sobre carros, em avenidas movimentadas do centro e por pouco não fizeram vítimas. Na última sexta-feira, a queda de uma mangueira na avenida Nazaré destruiu um veículo que estava estacionado debaixo dela. A motorista, que esperava a chuva passar para voltar ao carro, escapou da morte.

Desde o início do inverno, os ventos fortes que sopraram sobre Belém - e os estragos que eles causaram - deixaram assustados quem vive, trabalha ou se desloca por áreas arborizadas ou percorre as avenidas cobertas pelos túneis de mangueiras centenárias. Em dias de chuva, as quase duas mil árvores espalhadas por Belém passaram a representar riscos reais de acidentes.

O engenheiro agrônomo Oséias Vitorino, que há duas semanas indicou em entrevista o risco de queda da mangueira que caiu na avenida Nazaré, afirma que caso confirmadas as previsões da meteorologia para este mês, o vento forte provocará mais quedas. 'É o que nós vamos ver acontecer nos próximos dias. As árvores que caíram não são as únicas nessa condição fragilizada. Há dezenas de outras', afirma Vitorino.

O engenheiro agrônomo afirma que a repetição dos casos de árvores caídas é o resultado de anos de descuido. 'Não se trata de colocar a culpa no prefeito, mas sim de questionar por que ninguém faz nada para evitar que se repita a queda de uma mangueira', afirma o engenheiro agrônomo.

Trabalho da Semma se restringe à poda - A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo cuidado das árvores de rua, não iniciou qualquer operação emergencial para detecção ou remoção das árvores com risco de queda desde que a primeira árvore despencou pelo vento, no dia 26. Toda a ação da secretaria se concentrou na poda de árvores, como a feita no último domingo em Nazaré.

Paulo Porto, chefe da divisão de Arborização da Semma, afirma que nenhuma das mangueiras espalhadas por Belém hoje corre o risco de cair. Porto afirma ainda que as forças do vento, 'condição que independe de qualquer trabalho da prefeitura', é o grande motivo das quedas. O vento, porém, é apenas um fator dentre tantos outros.

A Secretaria de Meio Ambiente aguarda a chegada de um novo equipamento para dar início a um trabalho de poda e rebaixamento das árvores de rua de Belém. O caminhão, equipado com uma plataforma que pode ser elevada até o topo da árvore, ajudará os técnicos da Semma a podar com mais precisão e a conduzir melhor o crescimento das árvores. A previsão é que o caminhão, já alugado pela prefeitura, passe a ser utilizado a partir de amanhã.

O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Sebastião Oliveira, que chegou a declarar em entrevistas na semana passada que a queda de árvores em Belém é algo 'inevitável', tirou férias do cargo.

O chefe da divisão de arborização da Semma afirma que a secretaria mantém o monitoramento das árvores de Belém com um aparelho de ultrasson. A técnica, porém, não é capaz de identificar com precisão a saúde da parte da árvore que fica debaixo do solo, as raízes. Sem identificar com precisão quais as condições das raízes, o ultrasson acaba se configurando em uma avaliação limitada da saúde do vegetal.

Desmatamento não tem relação direta, segundo coordenador - O coordenador do 2° Disme, José Raimundo Abreu, acredita que o desmatamento não tem influência direta sobre a formação de rajadas de vento. Ele credita os últimos vendavais diretamenta à fase fria da ODP, que começou em 98 e deve terminar entre 2018 e 2028. Nesse tempo, está prevista maior incidência de chuvas fortes acompanhadas de rajadas de vento. 'Temos rajadas de ventos fortes todos os anos.

Porém, este ano o El Niño e a La Niña estão enfraquecendo e com a ODP, tem havido maior frequência de vento forte. Aconteceram casos de destalhar casas e derrubar árvores, mas, se devem porque as casas podem não ter sido construídas adequadamente e as mangueiras que caíram estavam malcuidadas, com raízes ruins e expostas. O desmatamento em si não tem relação direta com o vento', afirma. Por outro lado, o meteorologista lembra que áreas mais abertas tendem a facilitar o curso do vento por não colocarem barreiras que reduzam a velocidade.

José Raimundo garante que nos próximos 10 dias, a chuva e os ventos devem ser intensos, sendo que hoje e amanhã devem ter as chuvas mais fortes. A nebulosidade deve aumentar também. Ele alerta para que haja melhor cuidado com as árvores para evitar novas quedas e que a população reveja construções mais frágeis para evitar prejuízos.

Estado do pará terá temporais até o dia 15 deste mês - Chuvas intensas e ventos fortes são esperados para a Região Metropolitana de Belém, sul e nordeste do Estado até o dia 15 deste mês, cuja quantidade vai diminuir posteriormente a data, informou José Raimundo de Abreu, chefe do 2º Distrito de Meteorologia do Pará. A previsão é de que o índice pluviométrico ultrapasse 400 milímetros em todo o mês de abril. A região oeste do Pará não terá secas apesar de o volume de chuvas ainda ser pequeno em relação à média histórica apresentada nos últimos 30 anos.

Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%


Em Belém e no nordeste do Estado o índice pluviométrico pode chegar a 500 milímetros e em maior quantidade à tarde, mas vai diminuir após o dia 15. Para os municípios de Salinas, Monte Alegre e Brangança a previsão é de que o índice chegue a 400 milímetros. Já na região sul e mais especificamente nos municípios de Conceição do Araguaia, São Felix do Xingu até o Baixo Amazonas as chuvas ocorrerão também de forma mais intensa nos primeiros 15 dias e com maior probabilidade no final da tarde e início da noite. As chuvas abrem probabilidade de ocorrência de ventos que podem alcançar até 50 quilômetros por hora. A possibilidade de erro da previsão é de 10%

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